sexta-feira, 30 de março de 2012

A voz gelatinosa do além
Atravessa o sol sem derreter
A sua força tremida e brilhante
Capaz de ofuscar a luz
E reter a bravura
De quem a tenta condensar!

Sonhadora eficaz
Indecisa mas prudente
Volumosa e enchente
Dita as regras do destino
Sem vergonha nem receio
De não ser ouvida pelas estrelas!

Voz de todos os ninguéns
Cresce ao ritmo da precipitação
Da chuva que só é desejada 
Por quem nasceu na terra seca!

Teresa Poças

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