Estou cansada
Do dia, da tarde e da noite,
Do tudo
Do mais que tudo
E do nada.
Estou cansada
De dormir e acordar
Sem sentir um novo dormir
E um novo acordar.
Estou cansada
Do ontem, do hoje e do amanhã
Como se o dia de ontem
não quisesse que o d’hoje fosse parar no amanhã.
Não seria melhor vivermos um só dia
Um ato único
Uma fonte sem calhaus,
Um só respirar
Mas para sempre?
Ajoelhava-me perante o destino
Pedindo-lhe que não se destinasse
E ficasse parado na passagem do mesmo instante.
Tudo pareceria novo,
Refrescado
Valioso
E eu não estaria cansada!
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