Devagar, devagarinho
Arrasto a minha fuga com medo de fugir.
Bem tento apressar-me
mas não consigo deixar para trás
O medo de seguir em frente.
Não gosto de me desviar
Mas já não suporto mais
Esta espera por me perder.
Vou acelerando, devagarinho,
E deixo para trás um pedaço de coragem
Que se multiplica numa pesada saudade
Até largar um pedaço de nada na última pedra.
É aí que paro.
Cabeça a minha que racionaliza os acasos
Tornando-os ilogicamente lógicos!
Para me perder resta-me apenas voltar atrás
Esperar pela perdição e fugir da fuga.
Qual fuga?
Digam-me qual fuga?
Não percebo porque me perco!
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