quinta-feira, 21 de junho de 2012

A maré do tempo

A minha sensibilidade poética está a atravessar uma crise mais grave do que a Europa, mas esta semana surgiu esta pequena amostra de poesia. Espero que tenha sabor!


Loucura Atrevimento Risco
São eles que seguram o mar sempre que este desliza pelo relevo da areia
E o empurram até às rochas.
Um choque.
Um estrondo.
Um segundo do meu tempo.
E o mar volta a perder.
Volta a deslizar.
E volta a ser empurrado
Pela loucura
Pelo atrevimento
Pelo risco
Dá-se outro choque
Outro estrondo
Outro segundo do meu tempo
E o mar volta a perder e a recuar
Levando mais areia às costas.

Os segundo serão tantos que as rochas mais duras irão desfazer-se em pedaços de areia

Será o auge da felicidade do mar!

Mas sem querer
Nem se aperceber
Será esse mesmo Mar
O transformador da areia em rochas
Enquanto desfruta da sua suavidade

Sendo um ciclo
Não há vencedor
Nem posso colocar um ponto final nesta história