segunda-feira, 2 de abril de 2012

No mundo e na poesia!

Não gosto de fazer textos de apresentação, porque tudo aquilo que eles exigem é uma camuflagem que nada diz daquilo que somos. Ainda assim, vou colocar as filosofias um bocado à parte, tal como por vezes os cientistas devem fazer com a lógica.
Comecei a escrever quando me ensinaram a fazê-lo, mas poetizo a vida desde que a vi, com olhos incapazes de observar sem questionar. Sorri e brinquei muito, com ou sem poesia, e continuo a fazê-lo, como uma criança que ainda nada sabe sobre o mundo. Se “somos as nossas memórias”, como dizia Saramago, então eu deveria ser muito pequena, e sou, mas guardo-as com uma paixão tremenda capaz de aumentar a sua intensidade. Meço-me, principalmente, pela concentração, sendo que divido o amor que dou às coisas que faço, pela quantidade delas. Quanto mais concentrados formos, mais felicidades vivemos, tal como mais tristezas, mas o mais importante, é que aproveitamos melhor a oportunidade de ser vida.
Se eu fizesse apenas poemas, atingiria o valor máximo de concentração. Porém, apenas iria conseguir escrever sobre como escrever, enquanto que existem inúmeras paisagens para contemplar.
Não sou a minha poesia, sou aquilo que me leva a fazê-la!

P.S.: Vejo-me obrigada a aceitar a ignorância de muitos cientistas no campo literário e filosófico!

4 comentários:

  1. E os poemas são muito mais do que a soma dos seus versos. É na interpretação que reside a magia, dos poemas e da vida. De tudo.

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  2. Antes de mais, obrigada por ler este blog meio escondido.
    Concordo consigo. A magia da poesia está nos laços que cria com a alma de quem a lê!

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  3. '' Não sou a minha poesia, sou aquilo que me leva a fazê-la! ''
    Perfeito..

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  4. É a mais pura das verdades! Obrigada pelo teu olhar atento :)

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