Os dias de sol abrasam as almas frias
Puras, brancas, vazias,
Demasiado apropriadas à meteorologia
A sociedade é um isqueiro
Que acende o gelo
E faz do nada, energia.
Queima, Queima, Queima,
E desfaz o que seria
Se não fosse imune a si próprio
A natureza é um quadro,
Que não acende, nem pega,
Um pedaço de nada,
A origem de tudo
E só voltando a ela
Se começa de novo
A alma que será
É difícil estar cá,
Lá é orientador,
Menos disperso,
Mais concreto
Mas cá é onde está o caminho!
Não há dia sem sol,
Não há sol sem galáxia,
Não há galáxia sem matéria
Não há matéria sem substância
Ou há?
Há sociedade sem alma
Há almas sem lume próprio
Há pessoas sem voz
Há tudo sem nada
E nós?
Somos tudo com nada,
E nada com tudo!
Façamos lume,
Façamos luz,
Crie-se substância com a matéria
Razão com o pensamento,
Sentimento com algo.
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