domingo, 10 de maio de 2015

fronteira

Na fronteira de um momento há sempre um poema preso
Que só o momento a seguir pode soltar

Mas em todos os voos deixam-se versos para trás
Alguns por não rimarem, outros por não terem asas
Outros porque morrem no pensamento

E há sempre um triste que escreve o poema
Depois de o encontrar perdido à procura de uma alma
Não deixando que ele voe mais.

Há falta de almas que não escrevam
Há falta de infinito. 


5 comentários:

  1. Momentos presos a momentos. Voos com asas noutros voos. Palavras de quem tem alma. Há falta de infinito?
    Um beijo, Teresa. Saúdo o teu regresso.

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    1. Este comentário foi removido pelo autor.

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    2. Temi que esse verso não caísse bem. Quando digo "Há falta de infinito" quero dizer que há falta de momentos que não estejam dependentes de outros, ou seja, que não tenham os tais "poemas presas".. Há falta de momentos contínuos, diria até eternos, sem obstáculos, sem intervenientes externos ao próprio momento! Beijinhos

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  2. todas as fronteiras se vencem ...
    menos as que encerram por falta de passageiros.

    gostei do poema.

    beijo

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  3. Momentos belos em sua escrita, me encantei em te ler!!

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