Canto a alegria, como vingança da tristeza,
Na maré do anoitecer, livre de rotina!
Nada está marcado, nada há para fazer,
Naquelas horas em que ajeitas o quarto,
Vestes o pijama e te preparas para adormecer.
Dura apenas um resquício das trocas de olhares,
Dos bons dias e boas tardes, das tragédias,
Das histórias, das partilhas e dos pequenos gestos.
O corpo e a mente respiram, refletem sem pensar,
Os músculos retraem-se,
E a alma armazena energia cinética,
Para o dia que está para começar.
Nada será igual depois da ressurreição,
E o incerto acontecerá
Se o raciocínio não tiver conclusão.
Tudo é errado depois do fim,
Mas tão poderoso se o conseguir ultrapassar!
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