Na beleza do olhar mais rico
Mora um filtro de felicidade
Que dá ordens ao coração
Para não exibir as suas mágoas
Nem espalhar as suas verdadeiras vontades.
Na fraqueza do olhar mais pobre
Mora um filtro de tristezas
Que dá ordens ao coração
Para não exibir as suas vitórias
Nem espalhar as suas virtudes.
Na derrota do olhar mais rude
Mora um filtro de invejas
Que dá ordens ao coração
Para exibir o olhar do pobre
E não espalhar o olhar do rico.
Falsidade, onde estás tu?
Aqui, no olhar!
domingo, 22 de julho de 2012
quarta-feira, 18 de julho de 2012
Muito mais do que a revista do jornal!
Todos os domingos desde que me conheço, confronto-me com a notícias magazine no sofá dos meus avós lá para o meio do jornal de notícias. Antes lia apenas por acidente de percurso. Que mais poderia eu fazer naquela sala para além de ver programas na televisão escolhidos pela maioria e que só por isso, não me agradavam? Porém, com o tempo o cenário mudou por completo! Proporcionalmente ao meu crescimento, a qualidade da revista também voou até aos céus, ficando bem longe do terreno que ocupava! Existem sempre algumas nuvens, mas não estão lá propriamente a mais! O sol, é sem dúvida, o exercício da crónica no seu expoente máximo, com o qual nos deparamos mal avistamos os títulos! Assumo até que tenho uma tremenda inveja do Manuel António Pina por ter uma coluna chamada "A TERRA VISTA DA LUA". Espero que ainda seja possível encontrar alguma expressão melhor ou pelo menos com o mesmo nível. Porém, melhor do que isso ainda é o que vem a seguir! António Pina dignifica sempre o seu espaço e jamais fugirá ao prometido: expor a terra filtrada pelos seus olhos de poeta. Ainda assim, esta semana conseguiu surpreender-me ainda mais com um texto brilhante acerca da palavra, de palavrear e de poetizar. Não sei o que ainda estará para vir, mas até agora, poderia considerar esta crónica o clímax da sua coluna.
Leiam o excerto que mais me tocou:
(...) Porque as palavras têm vida própria, vontade própria, temperamento próprio e não apreciam ser meros paus-mandados. Quando isso acontece, não raro se rebelam. Então não fluem e o discurso raramente corresponde ao pensamento ou à intenção que lhe presidem. Um bom orador é sempre um bom psicólogo de palavras e, de modo a aproveitar das suas surpreendentes virtualidades, em vez de as sufocar dá-lhes espaço. Isso só é possível amando as palavras e tendo o seu amor. Falar (como escrever) é, pois, um acto de amor, mais severo ou mais orgíaco mas necessariamente uma entrega recíproca.
É assim que a palavra poética tantas vezes revela ao poeta o que ele sabia mas não sabia que sabia. (...)
Indiscutivelmente brilhante!
Leiam o excerto que mais me tocou:
(...) Porque as palavras têm vida própria, vontade própria, temperamento próprio e não apreciam ser meros paus-mandados. Quando isso acontece, não raro se rebelam. Então não fluem e o discurso raramente corresponde ao pensamento ou à intenção que lhe presidem. Um bom orador é sempre um bom psicólogo de palavras e, de modo a aproveitar das suas surpreendentes virtualidades, em vez de as sufocar dá-lhes espaço. Isso só é possível amando as palavras e tendo o seu amor. Falar (como escrever) é, pois, um acto de amor, mais severo ou mais orgíaco mas necessariamente uma entrega recíproca.
É assim que a palavra poética tantas vezes revela ao poeta o que ele sabia mas não sabia que sabia. (...)
Indiscutivelmente brilhante!
segunda-feira, 16 de julho de 2012
Mal vi esta expressão não pude deixar de a partilhar! Confesso que não conhecia o autor, Anais Nin, mas se há coisa que não me atinge é a vergonha de aprender tarde.
"Nós não crescemos absolutamente, cronologicamente. Nós crescemos, às vezes, numa dimensão e não no outro; desigualmente. Nós crescemos parcialmente. Nós somos relativos. Somos maduros num reino e infantis noutro"
"Nós não crescemos absolutamente, cronologicamente. Nós crescemos, às vezes, numa dimensão e não no outro; desigualmente. Nós crescemos parcialmente. Nós somos relativos. Somos maduros num reino e infantis noutro"
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