Separo a alma por níveis de respostas
Às questões que me nasceram intrínsecas
Num buraco que não pretendo tapar.
Os dias são demasiado longos
O tempo escapa-me
A vida fica curta
O buraco continua vazio.
Agarra a paz dos mortos vivos
A paixão frenética dos que sentem
A solicitude dos que já pensaram
O marte dos que nunca saíram do sítio
A canção dos que encantam
A beleza dos olhos cansados,
Agarra-Te e coloca-Te
Onde descobriste que existe o que desejas.
Dança ao som das questões que te fazem estremecer
E das palavras que nunca foram seres,
Mas que já foram usadas tantas vezes.
Deixa que Te atirem pedras,
Que se provoquem incêndios no inverno,
Que se queimem os resquícios do que nunca foi
Mas foge,
Foge,
Foge,
Sempre que aquilo que te elevam,
Faça força na terra,
E aumente o buraco
Em vez de se deixar cair como um íman
Que respira dentro das tuas paredes.