sábado, 8 de fevereiro de 2014

Eles acham que se vingam em falar mal
E que me magoam com palavras que não ouço
Mas que pairam no ar e estragam a minha memória!
Eles acham que eu sofro por não estar lá
E por não me poder defender dos dentes mal lavados,
Dizendo que não disse que disse,
Ou que disse o que não disse ou disse e nem me lembro!
Acreditam que mesmo sem puder ver nem ouvir
Sinto as más energias que depositam no meu nome
E choro tempestades noturnas,
Com a esperança de acordar alguém
Ou entrar nos sonhos de um pobre inocente!
Eles acham que não aguento o peso do arrependimento,
E que daria tudo por uns segundos extra
Em que me ajoelharia perante eles, suplicando perdão.
Eles acham tudo o que queriam que fosse
Mas não sabem o que é a morte!
Não sabem que estou lá em cima, no paraíso,
Um lugar onde tudo é eternamente novo!

Eles é tão distante e pequeno,
Que não dói.

2 comentários:

  1. "Eles é tão distante e pequeno,
    Que não dói."
    Mas dói, amiga, apenas não queres "chorar tempestades nocturnas" que outros levantam contra a tua sensibilidade, a ti que te sentes nesse lugar "onde tudo é eternamente novo"... Um poema forte, Teresa.
    Um beijo.

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