terça-feira, 3 de junho de 2014

comprime

noite de dia inacabado,
língua remexida, seca,
neurónios doentes de maquinizar,
o que já sabem fazer
mas às vezes não se lembram

águias por todo o lado
voam, levemente, e ferem
ferem e magoam e doem
as aves mais belas e límpidas
que não mentem

nada como estar entretida
com uma canção qualquer
que surgiu após a minha preferida!
não há nada a perder,
cidadãos deste mundo,
não há nada a perder!
mas irão sempre haver
aqueles artistas
que só têm uma canção
e aquelas pessoas
que só têm um momento
um olhar
uma palavra
um beijo
que será eternamente
o nosso preferido

tudo é perfeito
quando não se dilata
a sua perfeição

há muito a perder,
cidadãos deste mundo,
tudo se perde!